quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Sem parar.

Ela ia andando ao encontro de seu alguém, com o coração apertado, lágrimas nos olhos, a boca seca, o estômago vazio, mas ela ia. Passava-se mil coisas em sua cabeça... sua vida toda vinha como um trailer de um filme em sua mente, tumultuada de mais milhares de coisas que chegou a pensar. Porém, ela ia andando, tão leve, mas tão segura de si que parecia que não era ela que passara pela rua, mas sim a rua passara por ela. E cada passo que dava em um segundo, eram mil pensamentos em sua cabeça, mil dúvidas. Mas, ela ia, sem hesitar, sem parar, sem cessar. Nem se importava com o clima, com a chuva que as vezes, se confundia com suas lágrimas... a chuva que chorava com ela. Nem se importava com o caminho e quantidade de passos que ia dar. A subida era longa e o chão era de pedra. Porém ela ia, e não tinha sequer uma dificuldade em domar as próprias pernas. Era para frente que se andava. E ela assim ia, ao encontro do seu alguém, com expectativas do que poderia encontrar. Mas sem medo. Ela ia.

Um comentário:

  1. Acho que é o que importa, na maioria das vezes, mesmo quando um amontoado de coisa se passa pela nossa cabeça: (segu)ir.

    Lindíssimo. Adorei teu conto.

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