sábado, 14 de abril de 2012

E continua esse nosso jogo de amor e ódio. Trocamos tantos beijos e abraços, carinhos e afetos, mas ao mesmo tempo nos odiamos tanto. Temos orgulho, mágoa e rancor. Jogamos as coisas na cara um do outro. Brigamos feio. Mas fazemos as pazes tão bonito que dá vontade de brigar toda hora pra fazer as pazes de novo. Nós rimos, sorrimos, abusamos um o outro. Somos enjoados e ignorantes. Você é burocrático e eu tão arrogante. Somos bobos e sensíveis. Você tem ciúmes. Eu tenho saudades. Sou esquecida, enrolada e maluca demais pra você entender, mas eu vou, por você, eu vou até o fim sem nem saber o caminho direito. E você, grosseiro, briguento e estressado, sabe como me deixar nos nervos e picar-lhe um tapa na cara, mas também sabe bem como me deixar em paz e me faz esquecer do resto só por sorrir. Não se pode negar que fazemos um casal improvável: somos diferentes até a última célula e fazemos questão disso. Somos ótimos provocadores, doutores em irritar e por que não os melhores dos melhores do mundo em paciência? Porque HAJA paciência pra aturar você, viu?! E pior ainda: HAJA paciência pra aturar você e eu juntos. Mas apesar de tudo, quando estamos juntos somos Romeu e Julieta, Dante e Bia, O Cravo e a Rosa, Debi e Lóide, e por que não Bob Esponja e Patrick? Temos um amor inexplicável que não nos deixa em paz. Nos faz de gato e sapato, vira e revira nossas cabeças e bagunça nossos corações. Nos torna tão tolos e românticos que nos faz esquecer o quanto nos odiamos. E nesse jogo de amor e ódio, jogamos tão bem: conseguimos driblar o ódio e o amor faz sempre, como você diz, um golaço. E lhe garanto, que se um dia esse jogo acabar, pode ter várias causas: idiotices nossas, orgulho bobo e até ignorância, mas nunca por falta de intensidade. Nunca por falta de amor.

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